Devaneios da maternidade, dor e amor...

Amo tanto que até dói... Verdade. Verdade verdadeira. Só de pensar, imaginar... De estar alguns km longe, o coração aperta, a garganta engasga e dá um vazio profundo no peito, como se fosse um buraco negro... E dói... Dói pensar em qualquer coisa de mal que possa acontecer, nas vezes em que eles te chamarem e você não puder atender...

Mas tb dói uma dorzinha gostosa, daquelas de massagem relaxante, imaginar como eles estão crescendo lindos, fortes, saudáveis... Como a vida ganhou cores mais lindas e vibrantes, além de sons profundos e intensos desde que eles chegaram...

Dói... Dói aquela dorzinha que te arranca um sorriso de lembrar ou imaginar cada olhar, cada movimento das mãozinhas...

Dói a ponto de te confundir... Que dor inexplicável é essa? Você realmente se confundiu, não é dor, é inexplicável, é amor...

Folhas ao vento...

Agora está tudo bem... Dorme o sono tranquilo de quem tem como única preocupação viver... Com a intensidade necessária para descobrir o mundo!

Acredita que é capaz de tudo (e na verdade é mesmo, jamais deixe que te façam acreditar no contrário) e experimenta as sensações, os sabores, o aroma, a textura... Vive, conhece, sonha, acredita e realiza!

A mim cabe conduzir essa jornada, para que seja plena, para que seja ampla, para que seja segura...

Mas, e se eu falhar? Se não conseguir te mostrar todos os caminhos, te conduzir por todas as estradas ou ainda pior... Se eu não conseguir te proteger como deveria? E se eu tiver que ver seu sangue verter e enxergar por dentro a sua dor pela minha falha? E se a minha única saída for te olhar com ternura suplicando baixinho e orar para que Deus te cure, te sare, te abençoe?

Meu amor, desculpe por não ser tão perfeita quanto gostaria, mas te prometo fazer sempre o meu melhor...

Porque no final das contas, as coisas acontecem exatamente como elas têm que acontecer, independente de mim ou de vc...